PESSIMISMO D’ALMA

Refugo os ombros,

ante a fera da decência,

embrulho o ânimo,

entre o belo e a carência,

faço-me escombros,

sob a queda e a pungência,

torno-me antônimo,

do mistério da aparência,

ando em círculos,

na floresta da pendência,

findo o ciclo,

a vagar na providência,

vejo currículos,

ao sabor da ingerência,

e perco afetos,

no pesar da impotência.

Roberto Armorizzi
Enviado por Roberto Armorizzi em 23/09/2018
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