P S I C O S E

O vento gemia,

Na curva da noite

E as trevas viuvas,

Vestidas de nada,

Na maternidade

De brumas pariam

Fantasmas amorfos,

Indistintos ,alados,

Assimétricos duendes

De braços co'as sombras

Bailando no espaço,

Ao som da orquestra

Disfônica do vento.

Semeando em cada canto escuro,

Em todas as vielas duvidosas,

Além dos muros intranspostos,

No interior de casas desabitadas,

O pomo da dúvida,maduro,

Exalando o odor prematuro

Envolvente e azedo

Do horror nascituro,

Do medo futuro,

Da casa psíquica

De nossas fobias,

Fantásticas,intangível e vazia.

Mr. Castilho