Mater mortis
Nas asas ebúrneas que evocam antigas histórias
De mortes estranhas, catastróficas, e catárticas além
Das emoções de qualquer humano, ela respira com
Divinal alegria evocando espíritos malditos imoderados.
Caixões espalhados por todos os cantos, a morte
Sorrindo em cada cartaz visto ou ocultado, Mater
Mortis alegrando-se a cada dor ou sangue derramado
Em dias profanos, santos ou dias quaisquer mas que
Revelam o quanto ela é realmente a senhora das passagens.
Na tristeza doentia da morte as catástrofes nascem
Como deuses gigantes levando ao mundo as intensas
Maças da destruição, qual humano realmente poderá
Não pensar por um instante nela que levou o mundo
À desolação plena, absoluta e infiel do espírito?
Mater mortis, alegra-te, pois este mundo ainda é
Teu, tu ainda desfrutará sobre os ossos, carnes
Putrefatas ou santos que cheiram a perfumes
Mortos em dias que sua alegria realmente era
O melhor júbilo do mundo, um júbilo superior
Ao da Fonte que tudo criou e preservou na Vida.