O amor é o que não era.
Meu amor é trilha que se perde.
É a fala calada e tomada contra si.
Era um olhar castanho que chovia.
Todo o meu cansar...
Era o tilintar dos copos rasos.
A prerrogativa de questões infundadas.
Era meu medo exalando perfume.
E todos os meus prantos vívidos.
O meu amor é tempo que se esvai.
E toda minha saudade nomeada e endereçada.
Era a saudade dos dias nublados.
E todo meu amor passageiro.
Amor é e era.
Todo o meu pesar.
Amor é e era.
Todo o nosso lar.