Extraviada

Nada há

que me engane ou console

não há um ombro que me acolhe...

o equilibrista fantasma

brinca e falha, está sem asas

estatela-se no chão, sem perdão...

a angústia me espera nas curvas

desta estrada vazia a que cheguei

na sombra estou, na sombra permanecerei...

entendo-me com as lembranças

de vozes e marulhos

insatisfeitas promessas

sonhos indeferidos

o mar em rotas paralelas, extravio:

vagando está o navio...

e o vento frio a soprar sem fim

as esperanças distantes

como velas no horizonte

Será que ainda as alcanço?

Francis Faria
Enviado por Francis Faria em 09/09/2007
Código do texto: T645172