Extraviada
Nada há
que me engane ou console
não há um ombro que me acolhe...
o equilibrista fantasma
brinca e falha, está sem asas
estatela-se no chão, sem perdão...
a angústia me espera nas curvas
desta estrada vazia a que cheguei
na sombra estou, na sombra permanecerei...
entendo-me com as lembranças
de vozes e marulhos
insatisfeitas promessas
sonhos indeferidos
o mar em rotas paralelas, extravio:
vagando está o navio...
e o vento frio a soprar sem fim
as esperanças distantes
como velas no horizonte
Será que ainda as alcanço?