Mil Tempestades
Há dias estou com esse nó na garganta
Que não ata nem desata
O pior tipo de dor
Aquela que não dói.
Preferia ser atingida por um raio
Ou jogada na frente de um trem.
Queria me afogar, ver a luz desaparecer na superfície
Pois ela já desapareceu do meu interior
Ao invés disso, permaneço aqui
Trancada com essa lágrima que não cai, essa ideia que não se forma
Sufocando lentamente, perdida nos escombros da minha mente
O ar continua vindo aos meus pulmões, involutariamente sobrevivo
Essa falsa calmaria se tornou mais destrutiva do que mil tempestades
E eu já as enfrentei, todas elas...
A dor
A loucura
O tormento
Olá novamente, abismo sem fim!
Por você volto a cair.