PARA IR SEM MEDO
Não há o que fazer
Um filho que não veio
A rescisão do contrato
A solidão dos fumantes
A inutilidade da luz
nos túmulos.
O sono mal dormido
A vontade de morte
O medo da vida
Os carros agridem a cidade
A rua digital
Não há criança na terra de gente
A obrigação do sexo
A necessidade dele, ainda.
Os amigos de copo se riem
- eles choram de fora para dentro,
e como choram...
Tá tudo em seu devido lugar
O caos em tudo põe ordem
Não há o que fazer