Ventos da noite
É noite
É pesado o som silencio
Me lembra a tristeza dessa noite
Desvairada em ventania
Ouço gritos de desgraça
Em meio prantos de agonia
É tarde da noite
Sinto o vazio
Tão tenebrosa noite
Vento frio
Parece o gélido
Som que anuncia alguma morte
É tão solitária esta vida
Que as vezes
O poeta nem quer acordar
Prefere apenas pensar
Que não existe
No ermo da noite na total desilusão
Me desespero pelo vazio da minha alma
Tudo tão incerto
Nada a mudar
Sozinho e apenas o som do vento
Que insiste em pertubar na minha janela
Com ecos ao longe
De vozes aterrorizantes
Tento manter a minha sanidade
Deturpada agonizante