JULIA E A LUA
I
Na solidão a donzela Julia olha a Lua
Pela janela do quarto vislumbra-se toda Nua
Nessa moça falta ética de virtuosa Bondade
Ela alimenta na sua alma suma Maldade
Deixa todos ao seu redor com Tristeza
Julia é rebelde cheia de si tem Leveza.
II
Ó como sangra a distante Lua
E Julia na sua feitiçaria fica Muda
Fez com as sombras forte e ferrenho Juramento
Ela tem beleza que desvanece como Vento
Julia no seu horrendo ser alimenta sua Loucura
Tem no pecado o destino de cair na Fundura.
III
Nas drogas e picadas em clamor e Lágrimas
Julia tem na carne o bater infernal de suas Asas
Ela bem que tentou ser charmosa Ladra
Ó lua, oh, Julia de brincadeiras num Vazio
És moça e mulher de vivo tesão Maldito
E nas trevas aguarda o despertar do príncipe Diabrito.
IV
A Lua é a beleza dessa garbosa Julia
A Julia é a feiura dessa minguante Lua
Fuma cigarros eletrônicos no orgasmo Desnuda
Entre pecados ao sexo os gêmidos de amor Luminosa
Traída foi Julia, que ficou manhosa à fêmea Rancorosa
Em orgias de estrelas e Luas Julia foi exemplo das Inglórias
Pois Julia e a Lua as duas foram arquétipos de duas Maldosas.