MENINO DE RUA.

O olhar acessos daquele menino

Refletia o céu com todas as suas cores

Cores que explodem a todo instante

Faiscando para todos os lados

Ao estridente barulho dos rojões.

As pequenas mãos do menino sobre a face

Boquiaberto ele nada dizia

Sentado em um banco de lata

Do ponto mais alto de uma favela qualquer

Admirado com o festejar

Transeuntes do mundo bêbado

Espalhados em todas as avenidas.

Do alto da laje alheia e de barriga vazia,

O rosto estava pálido, a fome era intensa,

Lágrimas de quem não tem sonhos

Apenas uma dor dentro da alma

dilacerando o coração amargurado

Aquele menino de rua

Contemplou a virada de mais um ano

Um ano que passou sem muitas esperanças

E outro que chega também sem esperanças.

Tiago Macedo Pena
Enviado por Tiago Macedo Pena em 05/08/2018
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