À praia

À praia

Sentando ali sozinho naquela praia

Após à caminhada da minha vida terminar

Sinto cada grão de areia que abandou o chão

Para no meu corpo grudar

Engraçado antes passava à mão agora podem ficar

Minúsculas testemunhas da minha solidão

Andei por toda aquela imensidão branca

Com meu coração fora do lugar

À espuma feita pelo namoro da areia com o mar

Bem nos meus pés começa à tocar

Percebo uma lágrima solitária

Quanta dor talvez amor contida nela está ?

Muito tímida pra tanta dor apenas uma não dá pra começar

Contorce minha alma fecho forte suas janelas

Tento nelas mandar não vou mais carpir

Preciso me levantar andar mais um pouco

Mergulhar dentro de mim

Talvez à multidão dos meus pensamentos possam se afogar

Única certeza no momento está doendo tanto

Parece nunca vai passar, parar !

Estranho que um único sentimento ocupe todo espaço no meu prantear

Fui brincar de ser louco nesse tal de amor meu coração deixei repousar

Após sentir inveja quando ouvir uma fábula de um peixe que criou asas pra um pássaro amar !

O amor existe eu olhei pra ele sorrindo num lindo batom

Veio me tocar sentir bem lá no fundo da minha essência fez tudo mudar

Hoje sou peixe-pássaro não pertenço mais aos céus nem tão pouco ao mar

Sigo perdido por entre caminhos de sorrisos e lágrimas

Às vezes até tento cantar pra disfarçar

À solidão que tento destilar sozinho

Pior que tudo começou quando fui brincar de amar

Hoje carrego tanto sentimento no peito

Tenho tanto medo de que meu coração não possa aguentar te amo tanto.

Sempre vou te amar.

Ricardo do Lago Matos

Ricardo Matos
Enviado por Ricardo Matos em 02/08/2018
Código do texto: T6407492
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