O Indiferente

Em seus olhos é possível ver o anoitecer

Com demasiada soturnidade estampada

Antes mesmo do não esperado amanhecer

Sentia-se uma alma errante na madrugada

Sua imaginação dispersa

Contradiz o cenho franzido

Em uma relutante conversa

Onde ele tenta ser ouvido

Sua voz por fim cativa multidões de solitários

Que se sentem sós demais para lhe visitar

Ele então cria amigos imaginários

Para fingir ser capaz de conversar

Homem feito sob eterna confusão

Seu molde fora descartado após a criação

Talvez sua paz fora reciclada sem querer

Para que ele sobreviva para um dia ser capaz de Viver...

(Guilherme Henrique)

PássaroAzul
Enviado por PássaroAzul em 26/07/2018
Reeditado em 26/07/2018
Código do texto: T6400787
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