O Indiferente
Em seus olhos é possível ver o anoitecer
Com demasiada soturnidade estampada
Antes mesmo do não esperado amanhecer
Sentia-se uma alma errante na madrugada
Sua imaginação dispersa
Contradiz o cenho franzido
Em uma relutante conversa
Onde ele tenta ser ouvido
Sua voz por fim cativa multidões de solitários
Que se sentem sós demais para lhe visitar
Ele então cria amigos imaginários
Para fingir ser capaz de conversar
Homem feito sob eterna confusão
Seu molde fora descartado após a criação
Talvez sua paz fora reciclada sem querer
Para que ele sobreviva para um dia ser capaz de Viver...
(Guilherme Henrique)