Crisálida

Meu espírito perdeu sua estamina.

Desta vez parece o fim de minha sina.

Queria chama-la de vida, mas não sou capaz.

Para isso precisa ser vivida, aquilo que vem depois do aqui jaz.

Se pôsse nela um fim, seria nada demais.

Talvez será melhor assim, já que não tenho paz.

Estou em constante perturbação.

O som da agua, a folha no chão.

O raio de sol é agonizante.

Não vejo um farol no horizonte.

Pode estar claro ou escuro.

Perdido em um mar sem futuro.

Espero que eu durma,

E tudo isso suma.

Cansado de andar sem direção.

Uma hora desabarei no chão.

Se alguém ouvir meus gritos de socorro.

Venha e traga ajuda, pois se não morro.

Até as palavras eu perdi.

Tudo se foi...