ONDE HAVIA SONHOS
Ele ofereceu-lhe a mão,
Disse que tinha um bom coração,
Que poderia acreditar,
Ela acreditou,
Pura inocência,
Deixou se levar,
Pela falsa aparência,
Pela forjada nuança,
Do seu vulpino olhar.
Pobre criança!
Quando deu por si, já era,
Estava em poder da fera,
Primavera maculada,
Despetalada flor,
Sem piedade, sem pudor,
Onde havia quimera,
Agora, pavor,
E um agudo questionamento,
Onde está o Criador?
Que mamãe sempre me afirmou,
Que protege em todo momento.
Deve estar ocupado com outros afins,
... Esqueceu-se de mim.