Lacônico.
Flores no seu colo, amor surreal
Antes de dar-lhe, beijos entristecidos
Hoje, mudei por ti, sem o amanhã
Ó saudade, que desgraça alheia!
A coleira fecha meu coração
Carente o tempo, não me mudou
Se queres amar, que sejas confidente
Ave negra, surge na simples lápide!
Maltrata minha alma de serafim
Se for padecer nesta natureza
Deste fel lacônico meu espírito!
Remexe meu âmago aludido
Resta-me dor, e o bendito ei
Por não, restar contigo, tépido!