Lacônico.

Flores no seu colo, amor surreal

Antes de dar-lhe, beijos entristecidos

Hoje, mudei por ti, sem o amanhã

Ó saudade, que desgraça alheia!

A coleira fecha meu coração

Carente o tempo, não me mudou

Se queres amar, que sejas confidente

Ave negra, surge na simples lápide!

Maltrata minha alma de serafim

Se for padecer nesta natureza

Deste fel lacônico meu espírito!

Remexe meu âmago aludido

Resta-me dor, e o bendito ei

Por não, restar contigo, tépido!

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 20/07/2018
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