Aquela Voz Amiga

Ao entardecer eu ouço sua voz

Ela paira sobre meu copo de cerveja

“Beba mais... beba mais por nós”

Mas assim não quero que ninguém me veja

Minha ironia

Minha sensibilidade

Digladiam em sintonia

Minha ferida mal cicatrizada

Meu coração machucado

Andam por aí de mãos dadas

E meu copo permanece cheio

Nunca vazio

Nunca no meio

Sempre cheio

Cheio como o bar que está lotado

Mas eu estou de fato sozinho

Mesmo com vocês ao lado

Eu me sinto sem vizinhos

E é de tarde, sua voz veio novamente

Ela entoa minha triste canção

“Beba mais, beba descontroladamente”

E eis que eu o faço, pois não sei dizer não...

(Guilherme Henrique)

PássaroAzul
Enviado por PássaroAzul em 17/07/2018
Código do texto: T6392792
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