Um copo d'água
A ferida que produziu aqui, sangra a cor da poesia triste
Um misto de saudade e amor, e o que de melhor existe
Com pitadas de solidão desnecessária, intragável, cruel
Frio manto que recai sobre mim, indiferença, amargo mel
Sabor que já adoçou nossas vidas, nessa repetição bonita
Que num convite, não consegue me ouvir, o coração grita
Baixinho, tentando chamar atenção, só quer escrever, ver
TV fica quieta, na escuridão, as imagens querem esquecer
Enquanto alma só quer lembrar, fixação, papel de parede
Flores para te encantar, música para me alegrar; essa sede
É água que não me dá de beber, culpa do universo, e verso
Para sobreviver bem pouquinho, sem nexo, espero, observo...