SAUDADES DA PÁTRIA

Às margens deste rio estrangeiro

Me assentei e chorei

Lembrando-me com saudades

Da minha querida terra

Nas árvores frondosas que por lá havia

Eu pendurava a minha harpa

E descansava à sombra

Ouvindo a poesia canora dos pássaros

Agora estou preso a esta terra estranha

Sendo humilhado como um escravo

Os meus zombadores me pedem para cantar

Coisas da minha terra

Mas como entoarei a minha pátria

Se padeço nesta terra que tanto me hostiliza?

Se eu me esquecer da minha terna pátria

Que se resseque a minha língua

E a minha alma seja fulminada

Extinguindo assim a minha alegria

Ainda espero que o Deus da Graça e Bondade

Ouça a minha oração

E me liberte dos troncos e grilhões daqui

A fim d'eu voltar à minha terra

Para revê-la, beijar o seu chão

E morrer feliz por lá.

(Baseada no Salmo 137)

Adaptação de Gabriel Eleodoro

Rio, março de 2013.