Julgamentos do tempo

Juro que agora entendi porque algumas pessoas matam...

Estás línguas afiada,

sobre o mundo lindo,

Podridão vomitam.

Deve ser por isso...

Tomara que o tempo cumpra todas as suas promessas,

que ele seja fiel ao que mudo me disse.

Que o futuro traga a mim a glória,

que essas línguas malditas nunca buscaram.

E que elas possam saber que sua inércia a isso às levaram.

E que o ódio gratuito a mim dedicado,

a uma fria miséria transformou.

Como é angústiante ser odiada, não sei se digo Oi,

ou se passo calada.

De qualquer forma eu serei apontada como a errada.

Se ao menos quem eu amo,

em mim acreditasse.

Aliás a mim amasse...

Mas não,

ama navegar junto da ilusão, ou pela mentira sente eloquente paixão.

Ou é muito mal,

ou é muito bom...

À esse sei,

o tempo também trará o julgamento,

a inércia novamente trará suas companheiras, arrependimento,

humilhação, solidão e frieza...

Tomara que no futuro existam remédios pra tristeza...

Isso é reciprocidade,

Do que o tempo se veste...

Agora apesar do lamento estou bem,

o contrário é morrer...

Tudo isso vocês me fazem sentir,

mas o tempo trará presentes pra mim...

Sorrindo ouvirei músicas clássicas.

E pela lua serei beijada.

Duas almas,

sozinhas,

estatísticas e caladas,

fomos

todas as noites até aqui passadas.