SEM P
Aguardo a morte já sem medo,sem culpa
sem lágimas brilhantes
Apenas com a vida cansada e insistente
que mora em mim
Entegue sem luta e sem esperança
com uma camisa desbotada
conformado sem olhar para o relógio
Nunca pude dizer
que nasci outra vez
Nasci apenas uma vez mal nascida
A morte vem desanimada
sem graça levar alguém assim
quase me deixa para trás
Mas ela tem que fazer o seu papel
e não tem culpa
se eu não fiz o meu
Sentado,sem último pedido
sem beijo de despedida na vida
a qual eu mal abraçei
enquanto a tinha
Espero alguns dias
sentir as folhas do outono
cairem lentamente em minha lápide
sem superstição ou religião
como devia ser, foi.