A flor de vidro ...
A flor de vidro
Qu’ as pétalas rolam,d’água ribeirinho,
Desfazendo a geada d’inverno,tão fria,
Minhas supinas mãos,ainda,tão vazias.
Apertam os olhos,pranto de passarinho...
Ah!Qu’ a flor de vidro impávida ficou,
Resistia ao calor do nascer daquele dia,
Ela,inocente anjo,silente,assim,dormia...
Flutuante sobre ela uma camélia pousou.
Uma canção distante foi ouvida...
“A flor que trazia,hirta, fria no peito,
Adorno da beleza,reluzente cristal,
Com que se enfeita o amor perfeito.
Esquecida lembrança,um secreto mal...”
Qu’a criança dorme ante cantoria leve!
Tão intacta de vidro sua alma parecia,
Beijei postas mãos que, lentas,morriam...
Que a vida lhe passara,deveras, tão breve...
Do gelo a mais bela flor,jamais,concebida,
Andorinhas fugiram na busca pela quimera,
Tornara,então, Natureza triste,tão comovida...
Dentro de um botão,o ápice da Primavera!
A flor de vidro
Qu’ as pétalas rolam,d’água ribeirinho,
Desfazendo a geada d’inverno,tão fria,
Minhas supinas mãos,ainda,tão vazias.
Apertam os olhos,pranto de passarinho...
Ah!Qu’ a flor de vidro impávida ficou,
Resistia ao calor do nascer daquele dia,
Ela,inocente anjo,silente,assim,dormia...
Flutuante sobre ela uma camélia pousou.
Uma canção distante foi ouvida...
“A flor que trazia,hirta, fria no peito,
Adorno da beleza,reluzente cristal,
Com que se enfeita o amor perfeito.
Esquecida lembrança,um secreto mal...”
Qu’a criança dorme ante cantoria leve!
Tão intacta de vidro sua alma parecia,
Beijei postas mãos que, lentas,morriam...
Que a vida lhe passara,deveras, tão breve...
Do gelo a mais bela flor,jamais,concebida,
Andorinhas fugiram na busca pela quimera,
Tornara,então, Natureza triste,tão comovida...
Dentro de um botão,o ápice da Primavera!