SEM AÇUCAR E SEM AFETO
Antes,
Tinha açúcar e tinha afeto.
O doce, de início,
Tinha um sabor amargo,
Mas o afeto,
Era maior que ele.
Antes,
Tinha afeto e tinha açúcar,
O carinho, de início,
Era tolhido pelo medo,
Mas o açúcar,
Era mais forte.
Célere,
O tempo passou e,
O açúcar e o afeto,
Foram perdendo força:
O afeto ficou amargo,
O medo queimou o açúcar
E o momento ficou fugaz
E muito menos doce.
Descrente,
O amor flutua.
Volátil,
O amor acontece.
Com açúcar,
Mas sem afeto,
Com afeto,
Mas sem açúcar.
Rui Azevedo – 01.09.2007