Penumbra
Na penumbra escura, fria sem luar
Fico a remoer em pensamentos
Escravo, perdido, alucinado,
Acoitando meus sentimentos
Atormentado em dores
Que não calam e nem cessam
Feridas que não cicatrizam
Fogo que arde sem queimar.
Vivo num amargor sem fim
Envolto em lágrimas
Que não lavam meu coração
Nem liberta-me desta prisão
A qual tenho a chave na mão
Porém, insisto em sofrer
Por talvez quem saiba querer
Viver esta mentira, esta ilusão
Que faz mal, mas alimenta
Ainda que morta uma esperança.