Penumbra

Na penumbra e
scura, fria sem luar
Fico a remoer em pensamentos
Escravo, perdido, alucinado,
Acoitando meus sentimentos
Atormentado em dores
Que não calam e nem cessam 
Feridas que não cicatrizam
Fogo que arde sem queimar.

 

Na penumbra sou presa de mim 
Vivo num amargor sem fim
Envolto em lágrimas
Que não lavam meu coração
Nem liberta-me desta prisão
A qual tenho a chave na mão
Porém, insisto em sofrer
Por talvez quem saiba querer
Viver esta mentira, esta ilusão
Que faz mal, mas alimenta 
Ainda que morta uma esperança.
Ataíde Lemos
Enviado por Ataíde Lemos em 31/08/2007
Reeditado em 01/09/2007
Código do texto: T633109