Sem sorte.

Tal qual o pardal

Que caiu de seu ninho

Tombei, sem saber ainda voar

Vivia entre as folhas

Tremi nas manhãs frias

Em névoas me escondia

Tentei sobreviver

E fui ferida

Vaguei incerta

Ainda tentando voar

Mesmo sem saber

Se sou pássaro,

Cobra ou rã

Vivo o dia

Pois não me resta amanhã

Menino, suma!

Não tenho Muiraquitã!

A sorte me foi lançada ao contrário

Quando nasci o vento soprou forte

A canção que canta a morte

E a paineira sombreou meu caminho

O enchendo de espinhos

Entre as tenras e inocentes

Plumas de algodão...

Madame F
Enviado por Madame F em 16/04/2018
Reeditado em 16/04/2018
Código do texto: T6310225
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