Reclamações!
Reclamações!
Quisera eu que meus ais
Reverberassem as paredes do infinito
E aplacassem a dor que corrói o peito meu
Que meu pranto nessas noites
Sorumbáticas e apocalípticas
Clame as benesses das hordas celestes
E as lágrimas que vertem rubras de meu rosto
Ilustrem sobre esse chão
Os clamores duma alma solitária
Que perdida, jaz amargurada
E que numa oração fragmentada
Frágil tal como sinto meu espírito
Possa reencontrar forças em meu martírio
Para mais um dia
Escarnecer minha condição de moribundo
Pedinte, pedante e errante
Eduardo Benetti