Poesia Sinestésica
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A trilha sonora da noite
Ninando a dengosa Lua
Que desliza suavemente
E no espaço sideral flutua.
O poeta com palavras doces
Saboreia com olhos gulosos
Estrelas glaceadas de açúcar
E salpicadas de sonhos.
Na Terra
brisa aromática
De
restos
de
chuva
passageira.
Folhas
afoitas
e
desgarradas
encontram
no
solo...
Um afago.
Um afeto.
No banco da pracinha
Sob telhado de brisa fria
Olhinhos pouco sonhadores
Tirintando de frio
Um
menor
abandonado.
Rotos andrajos.
Ter um lar
Ser acarinhado
Dormir numa cama
quentinha...
Sonho de gente.
Olhinhos
se
fecham.
Cansados.
Conformados.
Apaga-se
a
luz
da
Lua.
E neste momento noturno
O Mundo não me parece justo.
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*Mar Busato *