Não te encontrarei antes da noite
O coração silenciosamente é desfeito
Nas cinzas frias da solidão;
A esperança vai fugindo pelas sombras
Fugazes dessa eterna ilusão.
Seu olhar tão distante dos meus
Deixa em mim essa grande tristeza
Que escondo no meio da multidão
Ao caminhar nessa minha incerteza.
Não te encontrarei antes da noite
Que se abateu sobre a minha alma;
Agora sou apenas o reflexo da solidão
Que tira de mim toda calma.
O coração que silenciosamente é desfeito
Na primavera que teima em desabrochar
Sente os golpes cruéis dessa saudade
Que tenho do seu lindo olhar.
Poema: Odair José, o Poeta Cacerense