Cegueira de amor
Ainda procuro por aquele olhar
cristalino nas retinas da alma,
translúcido evidenciado em calma,
aceitação de todo o meu eu,
aquele olhar, o teu, no meu,
como se mais ninguém existisse.
Tenho saudades do imaginário
que trafegava em sentido contrário,
enquanto todos iam e nós vínhamos;
sem nos importarmos com a direção,
guiados apenas pela maior paixão
como se tudo nos redimisse.
A saudade, hoje, bateu mais doída.
E eu não soube como enfrentar.
Passei as horas em pleno desatino,
inventando soluções para um destino,
que mexeu tanto com minha vida.
Como se nada mais eu visse...