Cegueira de amor

Ainda procuro por aquele olhar

cristalino nas retinas da alma,

translúcido evidenciado em calma,

aceitação de todo o meu eu,

aquele olhar, o teu, no meu,

como se mais ninguém existisse.

Tenho saudades do imaginário

que trafegava em sentido contrário,

enquanto todos iam e nós vínhamos;

sem nos importarmos com a direção,

guiados apenas pela maior paixão

como se tudo nos redimisse.

A saudade, hoje, bateu mais doída.

E eu não soube como enfrentar.

Passei as horas em pleno desatino,

inventando soluções para um destino,

que mexeu tanto com minha vida.

Como se nada mais eu visse...

SATURNO
Enviado por SATURNO em 29/08/2007
Reeditado em 25/05/2013
Código do texto: T629498
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