GOODBYE AND THANK YOU
(Sócrates Di Lima)
Como folha seca
que de repente se vai,
Sem que no tempo se perca,
E na solidão se cai!
Foi-se embora o crepúsculo,
Numa manhã de arrebol triste,
E por mais que seja minúsculo,
O sentimento que existe,
Mais intenso é o abandono,
Que por insorte, se desfalece,
Numa manhã de outono,
Este sentimento falece.
Vai-se a aurora sem olhar para trás,
Como um vento que passa despercebido,
E deixa escrito num imaginário jazigo “aqui jaz”,
Um bem querer que sem força, se fez partido.
Prematuramente a sorte,
Sem medir esforços para ficar,
Perde-se ao comum, o consorte,
Perde-se o jeito de querer amar.
Talvez um adeus...
Um tristonho obrigado,
Por receber os sentimentos meus,
E que ao perde-los jamais será reencontrado.
Há que se empunhar a bandeira,
De uma solidão sem fim...
Fincada numa trincheira,
Nas valas espinhosas dentro de mim.
Goodbye and thank you,
Foi à frase que restou,
Que o tempo sem tempo desviou
Escrito num bilhete que o vento levou.
Um adeus sem trégua,
Numa distância praticável,
Talvez medida por uma régua,
Que de tão perto, se fez inalcançável.
Fica então, o adeus e obrigado...
Nas palavras de um beija-flor...
Num tempo previamente marcado,
Onde a flor se foi sem experimentar o seu amor.