Ode à Marielle Franco

Quarta feira, quatro balas

Apagavam o sorriso de esperança no rosto jovem que amadurecia e que pertencia a menina pobre e negra da periferia

Encerravam a jornada e a luta da guerreira que estudava e vencia, sobrepujava preconceitos e se elegia

Silenciavam a boca que gritava e gemia pelos direitos daqueles que a sociedade excluía

Imobilizavam para sempre o dedo que se estendia e apontava a injustiça dissimulada e arredia

 Acordavam a nação e o mundo para a desumanidade covarde e fria que exigia justiça não tardia. (Walter Sasso)