Nossa morte de cada dia
Nesse sol poente
Onde apagam nossa história
Deletam da memória
Dias de lutas e vitórias
Hoje teve sangue
E a alma em desespero
Não vê a aurora
E sente a dor pulsar
Impiedosa e chora
Nos matam um pouco a cada dia
Quando matam nossa esperança
Nos tiram aquele sorriso
E enterram nossa alma
Nos porões da injustiça
Onde ditam nossas vidas
E os gritos abafados
Nos ecos dos medos
Presos na garganta
Silenciados pelo horror
De uma guerra sem pudor
Hoje não teve sol poente
No meio de tanta gente
Só tristeza e dor
Que os sonhos o vento levou.
Teve dor na ferida
Teve ódio na esquina
E o amor por onde andou
Que por aqui ele não passou
(claudeth )