RAIZES...


Vindo de lá pisando nas pontas dos pés parecendo
Uma bailarina cheia de graça gingando sem que se
Poça imaginar a amante de outrora para tratar dos
Possíveis acontecimentos quando precisa do afeto
E carinho, mas a ingratidão machuca coração todo.

Raízes de longa data acumulada esfarrapada como
Molambos igual colcha em trapos tentando inteira,
Impossível juntar trapos de retalhos jogados ao leu
Finalmente recebe fone com alguém dizendo da
Falta do cheiro fazendo outrem se sentir iludida.

Impossível acreditar nas mentiras tantas ouvidas,
Outrora fingindo amor quase eterno como nega
Acredita, pois espera receber herança de outrem.
Pobre negra confia demais nas inverdades do ente
Velho precisando de sua companhia para crises.

Raizes, nas quais a dúvida permanece sempre.
Desde há muito no velho calçadão continua em
Busca de tantas para dizer doces palavras ilusórias,
Quando não vai mergulhar na mesma praia
Enquanto não chega o seu fim, pois não escapa.


Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 18/03/2018
Reeditado em 18/03/2018
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