CAOS

A noite caiu dura como um martelo e durou.

Aos arredores dos labirintos de Ana, ficou.

Encoberto o clarão, não se via mais o dia.

Rachou-se o chão sob os pés de epifania.

Em vão, foram nas portas suas fechaduras.

Visto que os ratos entram pelas rachaduras.

Imóvel, Desdemona deitada em sua parede.

Descascava a sua beleza por tamanha sede.

O manto negro da noite estendeu no céu.

Não deixou rasgar o dia e nem o seu véu.

A vida agora declama seu caos na poesia.

Infeliz, a noite não pôde resgatar o dia.