"Sem o teu amor morrerei.

Seu o teu amor.

Sem o teu amor sou apenas um rio de águas nervosas turvas de amargura turbulentas.

Sem o teu amor sou uma jangada solta no mar da vida sendo açoitada contra o cais.

Sem o teu amor minha alma desvanece desolada na dor.

Sem o teu amor meu coração revolve no pesar desolação e desespero.

Sem o teu amor o ressentimento das águas repulsivo, nocivo, líquido viscoso, venenoso goteja perene teu sangue a revelia.

Sem o teu amor corre um rio de sangue assombrado pelas muitas tempestivas temporais exaurido veio extenuado,veia rasgada,exposta,inflamada, piamente escuridão.

Sem o teu amor toda a vida corteja fúnebre velório de morte em vida austeridade da vida que apaga-se na penumbra que dissipa na escuridão.

Sem o teu amor sou ferida latejando exposta ferida que grita no silêncio.

Sem o teu amor meu barco naufraga se envolvendo nas águas sangrentas profundas ancorando adormecido eternamente nas trevas da imensidão. Por isso lhe peço que não tires de mim o teu amor, não leves para longe o teu sorriso que vida me dar.

Por isso lhe declamo o poema que tine meu coração que é puramente o teu amor puro, amor de menino.

Ah, essa tua voz! Essa tua voz estremece minhas entranhas desestabilizando toda estrutura do meu corpo num tesão alucinógeno de ti!

Eu nem mesmo ouço as palavras pois o som que me soa aos ouvidos que ressoa de ti me toma a alma e já não sou mais eu, pois já estou em ti.

Não te leves meu amor, teu amor para longe de mim senão toda vida que tenho levarás contigo e morrerei aqui mesmo ...

(...)agora... Sem teu amor.