Carência
Não bebo mais do cálice
Que me embriagava
E com sede do teu céu
Trago na boca seca
A tristeza da estiagem
Não tenho mais cobertor
Que me aqueça a alma
Tremo e congelo no frio
E na falta dos teus abraços
O inverno não tem fim
Não tenho mais a paz
Que me fazia tranquila
A ausência do teu corpo
Agita minhas entranhas
E o fogo me consome
Resta-me ainda a voz
Para tentar expressar
Em palavras lamentar
Tudo de mais querido
Perdido: nunca mais!...