Carência

Não bebo mais do cálice

Que me embriagava

E com sede do teu céu

Trago na boca seca

A tristeza da estiagem

Não tenho mais cobertor

Que me aqueça a alma

Tremo e congelo no frio

E na falta dos teus abraços

O inverno não tem fim

Não tenho mais a paz

Que me fazia tranquila

A ausência do teu corpo

Agita minhas entranhas

E o fogo me consome

Resta-me ainda a voz

Para tentar expressar

Em palavras lamentar

Tudo de mais querido

Perdido: nunca mais!...

Iacoe Michaela
Enviado por Iacoe Michaela em 01/03/2018
Reeditado em 14/02/2019
Código do texto: T6267442
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