UM LUGAR PARA O AMOR

Embora,
Não mais vislumbre,
As cores nítidas do arco-íris,
Não sinta no canto da alvorada,
O desejo de voar.
Não tenha o corpo livre,
Das algemas da dor.
Não seja como uma criança,
Com um presente nas mãos;
Como um rio a espalhar,
O humo na terra.
Embora,
Me sinta órfão,
(Ainda que poeta).
Deguste o sabor amargo,
Do vinho (vida).
Habite no inseguro,
Do meu ego.
Sufoque o meu brado,
De independência.
Muito embora,
Os meus sonhos,
Estejam ávidos por alimento,
Ausente em minha dispensa.
No meu coração ainda há lugar,
Para a fagulha do amor.
...Só não consigo,
Retirar as cinzas.