O Mundo não te espera.

Um pássaro tristonho

Muito estranho e muito feio

No meio de uma noite

Apareceu num sonho meu

Mas o noite não parou

Pra que eu pudesse compreender

A vida amanhece

E cada um tem seus próprios sonhos

Cada vida traz em si mesma

Pássaros tristes

Pois eles existem

Espalhados pelo caminho

Mas não mudam nada

Quando a gente não se entrega

A permitir que um deles

Venha a fazer seu ninho

Aqui no coração da gente

A estrada segue adiante, empoeirada

O pó de uma estrada

É o mesmo pó de todas as estradas

Interligadas

Entradas, saídas, partidas e chegadas

Pássaros tristes

Sonhos e encruzilhadas

A clara luz da tarde iluminando a vida

Pois a vida também não pára

Nem o mundo esperou

Eu chorar minhas tristezas

Espalhadas pelo caminho

No galho seco, um pássaro triste

Que não canta, nem se alegra

Segue as regras que criou

Mas só vem fazer ninho

Quando a gente o convida

Então, alguém de passagem

Verá seu coração pelo caminho

Um galho seco, outra pousada triste

Mas ... se estiver só de passagem

Não vai te esperar também.

Edson Ricardo Paiva.