Pensamentos
Agora! Nessa já agoniado dia
Em que tudo parece embaraçado
Ocultando-me as glórias da vida
Que me fez ave ferida!
Agora! Vozes que não escuto
Céu que não vejo
Capital me consumindo...
Eu, agonizante, vestindo vermelho-ironia
Andando talvez em luto
Nos passos do dia-a-dia!
Agora, esparsas nuvens não me comovem
Tenho medo de ser materialista
Quero voltar ao meu eu realista
E mandar essa agonia embora
Trocar a dor pela alegria
Sentar-me à varanda, e ao vento
Soprar a liberdade de meus pensamentos!