Estou tonto, tonto de desejos.
Meus olhos, ontem reluzentes;
hoje nem um pouco luminosos
sentem dor, evidentemente.
O escuro que envolve o meu mundo
se estende e cobre o infinito...
Um temor medonho surge dentro de mim
Tudo, que ontem foi luzente, ficou indefinido.
Vedou o luzidio, tornou imperceptível
o vislumbre explícito.
Ô, tempo revestido de um negrume ínfimo e incompreensível!
Nem diferir posso, estou compungido...
... sem ter como bem discernir o imenso e profundo e diminuto visor que restou. É tétrico, e meus olhos sofrem o descenso e me sinto cego.
Sorte, de mim, zombou!