É o que do sonho?
Não quero perder-me na pressa
Quero acertar-me com a Vida
À nascente a àgua já não regressa
Entrega-se ao mar decidida.
Que vida é esta?
Que às vezes me deixa sem chão
Sobressaltada?!
Só meu corpo trêmulo me resta.
Fruto amadurecido, caído,
No chão da estrada.
Já fui tempestade, furacão
Agora um suspiro de pouca duração!
Que me digam, ainda que seja atroz
Que a vida já não é vida!?
Digam rindo, mas deixem-me depois a sós,
Façam-no! Façam-no duma forma brutal
E repetida.
Não vos levo a mal!
É o que do Sonho?! Ainda por aqui se esconde!?
Na alma vive já só a saudade,
O coração, se anda, nem sei por onde.
E a Vida?! Pode já não ser verdade.