Letargia
E ele era incapaz de sentir ontem o que agora sente
Curvado sob a sombra do espectro maligno da derrota
Apertava os olhos para não ver o perigo eminente
Sabendo que sua confusão provinha de sua alma torta
Mais uma pílula descia, e o seu dia passava sem passar
Os monstros em sua cabeça eram alimentados diariamente
Lobotomizado e envenenado, ele se propunha a pensar
Tentando lembrar-se do momento em que tudo inundou sua mente
A resposta para ele sempre lhe fora incerta
Tudo ao seu redor sempre parecera tão banal
Mas encontrou-se em transe, de boca aberta
Quando descobriu que era louco apenas na vida real...
(Guilherme Henrique)