AS ESCOLHAS DE UM NÉSCIO
Tenho essa coisa de crer
no que não pode vingar;
esse jeitão de sofrer,
de pelo avesso gostar.
Vejo onde não tem saída,
lugar possível de abrir,
espero em alma perdida,
um acalento, um sorrir.
Posso tentar me salvar
do mal trajado de sol,
me descobrir sem lugar
e me abrigar num paiol.
E nesse afã de eleger
tudo que vai fracassar,
vou depenando o viver;
vou despelando o penar.