Pétalas amanhecidas
Não sei se coração cansou, ou alma se aquietou...
Foi quando adormeci e chorei cristais tão doloridos
Deles fui fazendo verso, foi tudo que do amor restou
Um buquê de pétalas amanhecidas, na mesa de vidro
Olhava um carmim envelhecido, parecia sem sentido
A dor, o amor, a flor; quem foi que trouxe para mim?
Paredes nuas, se calam; era tudo escuro, nada nítido
Poucas sombras, restos de sonho na geladeira, assim...
Entre o creme e o doce de leite, experimentei sabores
Mas, esse meu paladar não se identificou com nenhum
Não eram as texturas, ou as cores, eram os dissabores
As cores no vidro, a emoção, o bater fraco, tum...tum...
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