Tudo e nada
Veja só
o que restou:
– o vazio!
e o vazio é tudo!
Preenchê-lo para quê
se já transborda
de nada!
para que
transfusão de versos
onde pulsa transtorno
que é poesia
sossegar
o que me agita
a escrita
onde nem imaginas
libertar o grito
que a garganta
estrangula
tanto me aturde
e fascina
o que te define
Eu te amo sim!
Sim, eu te amo!
ecos somente
no vazio
de poemas
mal lidos
nenhuma palavra
foi mordida
nos versos minguados
do meu estio
Restou sim
o tudo e o nada
só pra não te dizer
- estou sentida!