A NOITE SILENCIOSA

E passara o tempo, como sempre, ele passara

E o silêncio engolia a noite fria

Fria, como sempre fora, engolida ali ficara

E da escuridão nada se ouvia

O tempo gargalhava do poeta calado

Então da ponta da caneta surgiu o mundo ideal

Frio, como sempre fora, irado ele ficara

Pois naquele mundo reinava o silêncio total

A solidão convidou a tristeza, como sempre convidara

E juntas observavam os delírios do protagonista

No mundo incolor o inaudível clamava

Sozinho, sem mais tempo clamava, pessimista

E da perversa escuridão nascia o medo debochado

E eis que todos riram sem cessar

Divertiram-se, caçoando do poeta irado

Medo, escuridão, tristeza, silêncio e o tempo sem parar.

E então ele chorou, abraçando o invisível.

Triste como sempre fora, pra sempre ele chorou

Ninguém foi capaz de ouvir o inaudível

Até o momento em que esse mundo ele abandonou.

(Guilherme Henrique)>> No anseio da madruga. insônia,minha amiga...

PássaroAzul
Enviado por PássaroAzul em 25/01/2018
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