Identidade Distímica
O corte na carne crua que transcende a própria camada
Se sente o verdadeiro medo, emudece a voz encantada.
Da seda à própria virtude imaculada, sem ferimentos.
Envergonha-se da nudez ao olhar-se por dentro.
Tombos e mais tombos, visão sem enxergar.
Pé desajeitado que no âmago da dor põe-se a falhar.
O vento gelado carrega o tempo
O ar parado não se torna vento
Sonhos então surgem para enganar
No prazer onírico sempre estará a ganhar
Mas no ato de ser quem realmente é
Vê-se ao lado da cama, acordado e de pé.
(Guilherme Henrique)