Poema sou
Bebo-te, ó poesia
Embriago-me com meu próprio veneno
És tu, palavras sutis que chamam meus dedos para bailar
Dançam uma valsa selvagem
Revistida de emoção
És minha companhia quando o coração aperta
É teatro enfeitado de magia
Bebo
Como
Me lambuzo de ti
Frutos de mim
Versos meus
Sou mãe poema!
Musas, príncipes, bêbados, prostitutas
Deuses
Deusa
Vejam!
Como amam-me essas engenhosas poesias
Não hão de abadonar-me
Doces são teus sentimentos
Tem poder sobre meu ser
São poemas fundidos
Na carne
Na alma
No coração
Venham a mim palavras descansadas
Dar-te-ei a imensidão.