Em qual verdade você vai crer?
Veja bem em quem vai acreditar.
Falei a verdade!
Mas ninguém quis escutar.
Assim vi que havia iniqüidade.
As vezes acreditava que nada iria adiantar.
Argumentei, expliquei e a todos tentei convencer.
Mas cadê a atenção de quem podia me ajudar?
Pareceu-me que naqueles rostos só existia o deboche.
No meu rosto o passado lançado para me desmascarar.
Mesmo que meus pecados, de tão antigos, nem eu lembrasse.
Aquele povo só pensava e porfiava por me desacreditar.
Sempre que lembro, o meu coração geme!
Contava a verdade, dentro da profunda verdade, e nada!
Vinha outro, logo em seguida, contava outra verdade.
Então, nesse todos corriam para como justo o declarar.
Desesperado, gritava: o que fazer para dessa gente me defender?
Gritava: fui traído! Todos me olhavam e só escutava gargalhadas...
A destruidora chorava... Contava mentiras e todos só queriam crer...
Que agonia! Que dor! Todos murmuravam e diziam: ele é como nada.
Lutava, mas não suportava, então me dizia: para bem longe, foge!
A dor era minha única companheira.
A solidão vinha. Estava desamparado, acuado e dos meus muito longe.
A fé era minha única sorte e já começava a operar.
Olhei para o céu, lembrei-me de Deus. Sabia que existia milagre!
Todos estavam contra mim, mas eu me dizia: a esperança vai frutificar.
Olhava para todos os lados, quem poderia me socorrer?
Lembrei-me do Salmo 121: Deus vai me salvar!
A fé não chegou em vão, pois vi a força nascer.
Ainda hoje eu pergunto a quem quiser falar.
Em qual verdade você vai crer?
Na mentira maquiada em verdade que a todos agrada?
Ou na verdade singela, que unicamente espera a fé nascer?
Graças a Deus! A mentira sempre sofre a derrota!
O tempo me fez sofrer, mas também aprender...
A fé desvaneceu por um tempo, mas surgiu com força!
Agora, respiro fundo, alivio sinto, para com verdade te convencer.