Se eu moresse amanhã

Se eu morresse amanhã

Muita tristeza haveria

No afã da não companhia

Porém, somente ao passo

Mas passaria, sim

Sem que dessem por isso

Ou se contentassem a largo

Nada de perpetuo, a não ser o epitáfio

Sucumbe ao ciclo da vida

Foi-se como tudo se há de ir

Misturar-se ao barro da origem

Do Tártaro nascemos,

Para lá, a consequência do retorno

Nem mesmo o ocaso do choro

A quimera saudosa de quem ama

Não, não hão de juntar-se a lama

Que vela sobre o corpo morto

Se eu morresse amanhã

Seria como qualquer dia...

Até o sol mesmo há de nascer...

Se eu morresse amanhã...

Carol S Antunes
Enviado por Carol S Antunes em 12/01/2018
Reeditado em 13/01/2024
Código do texto: T6223974
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