Hoje, morri
Hoje, eu perdi a identidade
Morri, no mesmo dia em que nasci
Exposta ao vento e à tempestade
O que me resta
é achar que nunca existi
Talvez, eu seja um ser inadaptado
E as emoções controlem a minha vida
Sempre elegi, acima de tudo, a verdade
Mas, em injúria e maldade pereci
Já os meus olhos perderam todo o brilho
e o cristal deu lugar ao vidro baço
Já que morri, vou atrás da luz divina
quem sabe um dia ao renascer
voltarei a ser menina.